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Futurismo em branco e vermelho
O formato irregular e a topografia em aclive do lote foram elementos críticos no projeto desta loja de moda jovem. O trunfo do projeto de Guilherme Torres para a loja Puramania foi dissimular as referências espaciais com as quais o visitante percebe a escala e as proporções arquitetônicas. Por meio do que denomina linguagem futurista, o arquiteto lançou mão da forma cúbica e do par cromático branco e vermelho, a fim de criar a identidade da proposta. Pisos, paredes e tetos, todos brancos, ganharam por consequência limites indistintos, de modo a sutilmente sugerirem as três larguras sequenciais com que naturalmente está setorizado o lote: a porção central, mais estreita, fica entre dois trechos de dimensões maiores, notadamente o posterior. A linguagem monocromática das superfícies e do mobiliário é contraposta aos objetos e balcões pintados com epóxi na cor vermelha. A entrada ocorre por meio de uma sala retangular com cerca de quatro metros de largura e dez de comprimento, visível desde a fachada de vidro, que tem ângulo oblíquo com a calçada. Nela, a sobreposição de cubos brancos, feitos ora com estrutura metálica revestida por gesso e pintura epóxi, ora com vidro zenital ou lona tensionada retroiluminada, cria nichos em que por vezes se inserem os expositores de roupas. Isso porque decorre da proporção alongada do terreno a setorização periférica de tais vitrines internas, concentrando-se a maior parte da exposição das roupas no trecho central da loja, justamente aquele com ocupação crítica, dada a pouca largura. Nos fundos, com dimensões bem mais confortáveis - cerca de dez metros de largura e 12 de profundidade -, estão localizados os provadores, caixa, alguns expositores e o acesso ao estoque, que foi implantado no mezanino. A simbiose da iluminação natural com a artificial se dá de forma a reduzir a aparência tecnológica da loja. Zenitais de vidro pontuam todo o seu comprimento, misturando- se a luz do dia ao efeito

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