HISTÓRICO DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

HISTÓRICO DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
Iniciamos fazendo a contextualização da saúde pública brasileira do período colonial perpassando pelo império e república, em que o poder público pouco se importava com a qualidade de vida da população, sempre deixada em segundo plano. A população que era a parte que produzia as riquezas brasileiras era pouco assistida e tornava-se mais doente com facilidade, e diante de tantas calamidades que deixavam o país sempre no ranque da pobreza. Com a vinda da Família Real portuguesa ao Brasil, foram criadas as primeiras escolas de medicina com o objetivo de cuidar da saúde coletiva e deter as diversas epidemias que se alastrava por todos os cantos.
Com o passar do tempo foram se intensificando as ações sanitaristas, vários investimentos foram realizados nessa área o que propiciou o avanço nos estudos e pesquisas de doenças infecto contagiosas, bem como, o governo tornou-se mais rígido no controle das enfermidades com ações enérgicas, principalmente, pela implementação de programas de vacinação obrigatória e desinfecção dos espaços públicos e domiciliares partindo da teoria que as doenças provinham de emanações fétidas resultantes do acúmulo de dejetos espalhados por esses locais onde se concentravam as camadas menos favorecidas da população.
Muitas mudanças advieram com o século XX, tais como a implantação do modelo previdenciário-privatista que tinha por objetivo oferecer assistência médico-hospitalar a trabalhadores na forma de seguro-saúde/previdência, que culminou na implantação do Instituto Nacional de Assistência e Previdência Social – INPS. Esse modelo ficou conhecido por seu aspecto hospitalocêntrico, e trata-se da maior expressão na história do setor saúde brasileiro da concepção médico-curativa, fundada no paradigma flexneriano, caracterizado por uma concepção mecanicista do processo saúde-doença, pelo reducionismo da causalidade aos fatores biológicos, pela alta especialização de profissionais e serviços e pelo foco da