Histórico do programa municipal de educação de jovens e adultos - pmea
HISTÓRICO DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - PMEA
A Educação Básica de adultos começou a delimitar seu lugar na história da Educação no Brasil a partir da década de 30, quando finalmente começa a se consolidar um sistema público de educação elementar no país. Neste período, a sociedade brasileira passava por grandes transformações, associadas ao processo de industrialização e concentração populacional em centros urbanos. No final da década de 50, as críticas à campanha de Educação de Adultos dirigiam-se tanto às suas deficiências administrativas e financeiras, quanto à sua orientação pedagógica. Denunciava-se o caráter superficial do aprendizado que se efetivava no curto período da alfabetização à inadequação do método para a população adulta e para as diferentes regiões do país. Todas essas críticas convergiam para uma nova visão sobre o problema do analfabetismo e para consolidação de um novo paradigma pedagógico para educação de adultos, cujo referencial principal foi o educador pernambucano Paulo Freire. O pensamento pedagógico de Paulo Freire, assim como sua proposta para a alfabetização de adultos, inspirou os principais programas de alfabetização e educação popular que se realizaram no país no início dos anos 60 e que foram empreendidos por intelectuais, estudantes e católicos engajados numa ação política junto aos grupos populares. Com o golpe militar de 1964, os programas de alfabetização e educação popular que se multiplicaram no período entre 1961 e 1964, foram vistos como grave ameaça à ordem de seus promotores duramente reprimidos. O governo só permitiu a realização de programas de alfabetização de adultos, assistencialistas conservadores, até 1967 quando, ele mesmo assumiu o controle dessa atividade, lançando o MOBRALMovimento Brasileiro de Alfabetização. Estas iniciativas e tantas outras se arrastaram ao longo de anos, culminando em 1990-, na meta prioritária