Histórias em quadrinhos
Bruno Silva de Oliveira (UEG – UnU Iporá)
RESUMO: Este artigo objetiva expressar o porquê de se trabalhar com o gênero “histórias em quadrinhos”, já que este constrói-se com inúmeras referências culturais, possui caráter transdisciplinar e capacidade de ser trabalhado em qualquer período escolar. Além disso, este texto trata dos possíveis resultados da inserção deste recurso em sala de aula, como maior interesse pela leitura, desenvolvimento da habilidade interpretativa, analítica e comparativa, transpondo as linguagens verbal (palavras) e não-verbal (imagens). A história em quadrinhos é um gênero textual que ainda não tem grande espaço em sala de aula, oportunizando no entanto, com este artigo obter as confirmações teóricas ou não sobre a afirmação anterior. PALAVRAS-CHAVE: História em quadrinhos, Língua Portuguesa, ensino de gêneros.
Introdução
O gênero Histórias em quadrinhos (HQ's) pode ser utilizado em sala de aula para o ensino de Língua Portuguesa, ainda que nas décadas anteriores aos anos 90 este gênero tenha sido marginalizado e estigmatizado, pois segundo o psiquiatra Fredric Wertham, os leitores deste gênero apresentavam inúmeras anomalias comportamentais, “tornando-se cidadãos desajustados” (RAMOS & VERGUEIRO, 2009, p.12). Mas a partir da década de 90 tudo mudou, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) de Língua Portuguesa começaram a incentivar o uso de gêneros não consagrados em sala de aula, no caso das histórias em quadrinhos, visto que perceberam que a inclusão destes auxiliava no ensino-aprendizagem das crianças. Este artigo tem por objetivo refletir sobre a sua inserção nas salas de aulas para o ensino de Língua Portuguesa, justificar a sua utilização e apontar, de modo geral, os principais resultados obtidos com a utilização deste gênero como recurso metodológico.
1 Artigo orientado pela profª. esp. Maria Piedade Feliciano Cardoso como