HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL SOB O OLHAR DA JUVENTUDE TRADICIONALISTA: DA COLÔNIA DO SACRAMENTO AOS POVOADORES DE RIO GRANDE

6712 palavras 27 páginas
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL SOB O OLHAR DA JUVENTUDE TRADICIONALISTA: DA COLÔNIA DO SACRAMENTO AOS POVOADORES DE RIO GRANDE

Fundação de Rio Grande

Alguns anos após o Descobrimento do Brasil, uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa chegou com suas caravelas até ao estuário do Rio da Prata, com a missão de colocar marcos de posse portuguesa na margem esquerda da foz daquele rio, tendo, entretanto, sido incapaz de completá-la em razão do naufrágio de sua embarcação.
A Coroa Portuguesa expressou novamente os seus interesses em estender as fronteiras meridionais de sua colônia americana até ao rio da Prata quando determinou ao governador e capitão-mor dacapitania do Rio de Janeiro, D. Manuel Lobo (1678-1679), que fundasse uma fortificação na margem esquerda daquele rio. Desse modo, com o apoio dos comerciantes do Rio de Janeiro, desejosos de consolidar os seus já expressivos negócios com a América Espanhola, em fins de 1679 a expedição de D. Manuel Lobo partia de Santos, alcançando a bacia do Prata em Janeiro do ano seguinte. A 22 desse mesmo mês, as forças portuguesas iniciaram o estabelecimento da Colônia do Santíssimo Sacramento, fronteiro a Buenos Aires, na margem oposta. O núcleo desse estabelecimento foi uma fortificação simples, iniciada com planta no formato de um polígono quadrangular.
A resposta das autoridades espanholas foi imediata: em poucos meses o governador de Buenos Aires, José de Garro, reagiu, e o núcleo português foi conquistado por tropas espanholas e indígenas, na noite de 7 para 8 de Agosto desse mesmo ano, episódio conhecido como Noite Trágica.
Através de negociações diplomáticas, a posse da Colônia foi devolvida a Portugal pelo Tratado Provisional de Lisboa (7 de maio de 1681), pelo qual a Coroa Portuguesa se comprometia a efetuar apenas reparos nas fortificações feitas de terra e se erguessem abrigos para o pessoal. Ficavam impedidas a construção de novas fortalezas e de edifícios de pedra ou taipa, que

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