História de campo grande
Antecedentes
Inicialmente, a extensão de terras que vai do Rio da Prata até Cabuçu, que hoje corresponde à Região Campo Grande, era habitada por índios Picinguaba. Após a fundação da Cidade, em 1565, esse território passou a pertencer à grande Sesmaria de Irajá. Desmembrada desta em 1673, a área foi doada pelo governo colonial a Barcelos Domingos e, no mesmo ano, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, marco histórico da ocupação territorial da Região.
A Era Colonial
Antes da Freguesia Rural de Campo Grande começar a prosperar, sua ocupação foi influenciada pela antiga fazenda dos jesuítas, em Santa Cruz. Inicialmente desenvolveu-se na região o cultivo da cana-de-açúcar e a criação de gado bovino. O trabalho dos jesuítas foi de extrema importância para o desenvolvimento do Rio de Janeiro. Além das obras de engenharia que realizaram, como a abertura de canais e a construção de diques e pontes para a regularização do Rio Guandu, o escoamento dos produtos da Fazenda Santa Cruz, oriundos do cultivo da cana-de-açúcar e da produção de carne bovina, era feito através da Estrada da Fazenda dos Jesuítas, posteriormente Estrada Real da Fazenda de Santa Cruz, que ia até São Cristóvão e se interligava com outros caminhos e vias fluviais que chegavam até o centro da cidade.
Do final do século XVI até meados do século XVIII, a ocupação territorial da região foi lenta, apesar do intenso trabalho dos jesuítas, encerrado quando foram expulsos do país pelo Marquês de Pombal, em 1759. Os religiosos foram responsáveis por importantes obras de engenharia como estradas, pontes e inúmeros canais de captação de água para irrigação, drenagem e contenção da planície, sempre