História da razão: A política
Capítulo 4 - A política
“A filosofia integra e até formaliza a nova física em uma concepção renovada do mundo. Nessa mesma época, os grandes descobrimentos, a Reforma, o impulso das ciências e das técnicas revolucionam o tecido social e, conseqüentemente, a racionalidade, que tenta pensar o Estado, pensá-lo como princípio da sociedade. Assim a filosofia se confronta com o que poderia chamar de ''novos'' conceitos políticos. Esses acontecimentos se situam mais ou menos na mesma época e se inscrevem no mesmo esquema de pensamento.”
- Se produz um abalo muito profundo, espiritual e econômico e um desgaste no pensamento dominante, isto é no catolicismo romano: desgaste administrativo e intelectual.
Iniciadores da teoria política
Maquiavel e Jean Bodin
- A filosofia tenta responder a uma nova visão do mundo natural e tornar inteligíveis as transformações do universo social.
Quais são essas ideias?
- Pensamento clérigo: a sociedade é considerada um fato natural. A doutrina de Aristóteles diz que o homem é um ser social; portanto, o fato de viver em sociedade não deve causar problemas.
- Pensamento cristão: existe uma providência divina, uma ordem divina, e os chefes que detêm o poder o receberam de Deus.
- Maquiavel se pergunta: “Que faz com que uma sociedade seja una? Por que meios é possível evitar a guerra civil e garantir o poder da coletividade na qual se vive?”
“A unidade da sociedade, o que garante simultaneamente o seu ser e a sua manutenção, a sua duração, é a política; e a política é, antes de mais nada, um ato. Para que exista uma sociedade una, é necessário um ato fundador.”
Maquiavel – “coloca um homem empírico, que ele tenta educar e informar, ele foi muito mal interpretado posteriormente. Fizeram dele o ancestral de todos os políticos calculistas. Até se inventou a palavra “maquiavelismo” para designar a canalhice no campo político.”
-“Maquiavel pensa que uma sociedade deve