História da Capoeira
A capoeira é a junção de várias etnias do povo africano que foram trazidos para o Brasil para trabalharem como escravos. Porém, são os negros nascidos no Brasil, os responsáveis pelo aperfeiçoamento da luta que passou a chamar-se “capoeira”.
Inicialmente, ela foi desenvolvida como uma forma de defesa. Ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre os negros aceitavam pacificamente a escravidão. Uma forma encontrada de resistir à opressão foi a criação de quilombos, que eram comunidades organizadas que abrigavam os negros que fugiam de seus patrões. O maior deles foi o quilombo de Palmares.
O quilombo de Palmares foi, provavelmente, o local onde os negros mais praticaram a capoeira naquela época. Além de ser uma forma de defesa, a capoeira era uma forma encontrada pelos negros de transmitirem sua cultura. Mesmo os que ainda eram escravos nas lavouras de cana-de-açúcar, praticavam a capoeira nas senzalas, às escondidas. Para não levantar suspeitas, eles uniram os movimentos à música, “fingindo” que estavam dançando.
O que quer dizer "capoeira"?
A palavra “capoeira” tem origem na língua tupi-guarani. Segundo alguns estudiosos, capoeira pode ter dois significados: mato rala ou gaiola grande. O primeiro deles é mais aceito pelos capoeiristas, que fazem a ligação entre “mato” e o local onde a capoeira era praticada pelos escravos.
O tempo foi passando e a capoeira continuou a ser praticada, mesmo após a libertação dos escravos. Há registros da prática de capoeira no Rio de Janeiro, Recife e Salvador, nos séculos XVIII e XIX. Porém, durante muito tempo a capoeira foi considerada como subversiva. Muitos praticantes passaram a andar em bandos e a provocar arruaças nas grandes cidades. Sua prática então foi proibida no país. Apenas na década de 1930 é que a capoeira foi liberada pelo presidente Getúlio Vargas. Presente na vida de muitos brasileiros, a capoeira foi reconhecida no dia 15 de julho de 2008, como Patrimônio Cultural, pelo