História da Capoeira
O Brasil a partir do século XVI, mais de dois milhões de negros foram trazidos da África, pelos colonizadores portugueses, para se tornarem escravos nas lavouras da cana-de-açúcar.
Ao contrário do que muitos pensam, os negros não aceitaram pacificamente o cativeiro. Uma das formas dessa resistência foi o quilombo; comunidades organizadas pelos negros fugitivos, em locais de difícil acesso. Uma espécie de Estado africano foi formado. Distribuído em pequenas povoações chamadas mocambos e com uma hierarquia onde no ápice encontrava-se o rei Ganga-Zumbi, Palmares pode ter sido o berço das primeiras manifestações da Capoeira.
Desenvolvida para ser uma defesa, logo os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Assim, como no Candomblé, cercada de segredos, a Capoeira pode se desenvolver como forma de resistência,fazendo com que a mesma se tornasse um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.
Durante décadas a Capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da sua prática deu-se apenas na década de 30, quando uma variação da Capoeira foi apresentada ao então presidente, Getúlio Vargas.
Em 1932, um período em que a perseguição à capoeira já não era tão acentuada, mestre Bimba fundou em Salvador a primeira academia de capoeira da história.Mestre Bimba foi o criador da Luta Regional Baiana, mais tarde chamada de capoeira regional.
Hoje em dia, a capoeira se tornou não apenas uma arte ou um aspecto cultural, mas uma verdadeira exportadora da cultura brasileira para o exterior.Símbolo da cultura afro-brasileira, símbolo da miscigenação de etnias, símbolo de resistência à opressão, a capoeira mudou definitivamente sua imagem e se tornou fonte de orgulho para o povo brasileiro. Atualmente, é considerada patrimônio Cultural Imaterial do