história da baixada fluminense
Em fins do século XVIII, aparecem as primeiras plantações de café no Rio de Janeiro e que logo se espalharam pelo vale do Paraíba atingindo também Minas Gerais e São Paulo, tem-se o início do Ciclo do Café. Na Baixada o café não chegou a trocar a cana, sendo seu plantio pouco significativo na área onde suas terras apresentavam-se estafadas do cultivo da cana, entretanto o café causou efeitos desencadeantes.
A monocultura cafeeira desenvolvida no cultivo resultou para Baixada Fluminense no aparecimento e agrupamentos populacionais fixadas no ponto de encontro entre as vias de circulação aquática e terrestre; houve a intensificação e abertura de novas estradas atreladas com aquelas procedentes no período do Ciclo do ouro; aparelhamento para armazenagem e transporte regular de mercadorias volumosas; grande fluxo de pessoas; desenvolvimento de vários portos fluviais ao longo dos rios que deságuam na Baía de Guanabara e consequentemente a elevação de determinados lugares a categoria de vilas em resultado do ciclo cafeeiro. Tanto o porto de Iguaçu quanto o de Estrela embarcavam a produção cafeeira da serra, porém Iguaçu enfrentava a concorrência do porto de Estrela que realizava a navegação a vapor, sem contar com a diminuição do seu volume d’água em consequência do desmatamento da serra Tinguá que nutria suas nascentes.
Se a primeira metade do século XIX representou para a Baixada um momento de opulência, foi justamente a partir da segunda metade que a mesma entra num período de decadência e abandono. Primeiramente, o grande tráfego de mercadorias e principalmente do café que transitava pela Baixada através de seus caminhos e rios, ficavam à mercê das inconveniências naturais dos rios, como a dependência da maré nos baixos cursos, o baixo nível das águas no tempo das secas, o constante entulhamento dos rios e canais e grandes ventanias.
Essas dificuldades encontradas para o escoamento