História da Arte
Nesse contexto, a produção do homem pré- histórico, pelo menos a que foi encontrada e conservada, é representada por objetos em grande parte portadores de uma utilidade, seja ela doméstica ou religiosa: ferramentas, armas ou figuras com uma simbologia específica. No entanto, seu estudo e a comparação entre elas permitiram constatar que já existiam então noções de técnica, habilidade e desenho, embora não se possa separar o conceito de arte, em praticamente nenhum caso, dos conceitos de funcionalidade e religião.
A arte pré-histórica surgiu na Europa aproximadamente no ano 25000 do período paleolítico (40000 - 8000 a.C.), estendendo- se até o mesolítico (8000 - 5000 a.C.), ao neolítico (5000 - 3000 a.C.) e à idade do ferro (3000 a.C.), na qual iniciou-se a arte proto-histórica, caracterizada por manifestações artísticas muito mais concretas. Isso sempre em relação à Europa, pois é preciso lembrar que no Oriente, a partir do ano 5000 a.C., existiam culturas com um alto grau de civilização, que já tinham iniciado sua história.
As áreas da Europa de maior concentração de vestígios pré-históricos correspondem à Espanha, ao centro e ao sul da França e ao sul da Itália. Destaca-se em importância, pela quantidade e qualidade dos achados, a região franco-cantábrica, onde estão localizadas as famosas cavernas de Castilho, Altamira e Lascaux, entre outras. Nelas foi descoberta uma quantidade considerável de
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pinturas rupestres em bom estado de conservação. Tal fato pode ser atribuído em parte à alta densidade demográfica dessas regiões durante o paleolítico médio.
A pintura pré-histórica recebeu o nome de arte rupestre ou parietal pelo fato de ter se desenvolvido quase que exclusivamente em paredes de pedra, no interior de cavernas e grutas e, com menor freqüência, fora delas. É curioso notar que essa pintura passou por uma evolução muito semelhante à experimentada pela pintura histórica. As