História contábil
No século XV, especialmente com a obra de Pacioli, a história do pensamento contábil teve início e até o século XVIII, as teorias contábeis vigentes eram praticamente as mesmas apresentadas pelo livro de Pacioli. Os primeiros autores contábeis, tinham uma grande preocupação com o processo de escrituração e com as técnicas de registro por meio dos sistemas de contas. O trabalho basicamente centrado em contas, originou a Escola Contista, primeira escola do pensamento contábil.
Os primeiros livros contábeis impressos e a disseminação das técnicas de registro em partidas dobradas, veio substituir a forma como eram feitos os primeiros registros contábeis.
A Europa viveu uma transformação econômica com o fim do feudalismo, assumindo um direcionamento voltado para o capitalismo. O aumento dos negócios demandou maior controle mediante o emprego de sistemas contábeis mais sofisticados e sistematizados. A escola contista teve grande impulso com os trabalhos de pesquisadores franceses, como Degranges, que em 1795 divulgou a chamada teoria das cinco contas.
As cinco contas às quais Degranges se referia eram: Mercadorias, Dinheiro, Contas a receber, Contas a pagar e Lucros e perdas. Para ele, deveria ser aberta uma conta para a pessoa com quem o comerciante mantinha transações a prazo e essas cinco para ele mesmo. Muito embora esta teoria não tenha alcançado muita aceitação, o esquema deu lugar ao surgimento do livro Razão.
Jones apresentou, em 1796, o modelo inglês de registro baseado nos livros Diário e Razão e dois livros auxiliares, Caixa e Armazém. Jones foi o primeiro a admitir a necessidade de fazer um controle numérico entre os principais livros, somando-os separadamente e verificando a igualdade dos valores.
A preocupação com a veracidade das informações dos livros Diário e Razão, trouxe a necessidade do aperfeiçoamento do processo de registros das operações.
Capítulo 04 – Idade da estagnação