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Belo Horizonte possui uma área de 330,90km². Administrar uma cidade tão grande é muito complicado. Para facilitar esse processo, a Prefeitura criou, em 1983, unidades administrativas que ficaram conhecidas como regionais. Suas áreas foram definidas em lei no ano de 1985. Duas regionais, porém, já existiam antes dessas leis: Barreiro e Venda Nova. Atualmente existem nove regionais na cidade: Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha e Venda Nova.
Como a regional é uma “unidade administrativa”, os bairros que a compõem se localizam em uma mesma região. Assim, eles têm aspectos em comum: alguns foram ocupados em um mesmo período que outros. Eles têm certa identidade, mas não são iguais.
Até passar a pertencer definitivamente a Belo Horizonte, Venda Nova foi administrada por diversos municípios, como Sabará, Campanhã (atual Ribeirão das Neves) e Santa Luzia. A região era ocupada apenas por chácaras, sítios e pequenas fazendas. O comércio e a agropecuária eram as atividades mais comuns. Na época da construção de Belo Horizonte, muita gente que morava no Curral del Rei acabou optando por se mudar para lá, pois o valor que eles ganharam com as desapropriações não foi suficiente para que adquirissem outro imóvel na nova cidade. Até meados do século XX, ainda havia poucas casas e muitos animais perambulando por suas ruas. O acesso à capital era difícil: as vias não tinham nem mesmo cascalho e as carroças atolavam nos períodos chuvosos. A viagem de Venda Nova a Belo Horizonte poderia durar cerca de duas horas. Segundo o relato dos moradores mais antigos, as pessoas andavam descalças, pois quem possuía sapatos os mantinha guardados para não gastá-los.
Venda Nova, 1944.
Com a anexação de Venda Nova a Belo Horizonte, em 1948, o desenvolvimento da região foi acelerado pelo surgimento de bairros sem autorização da Prefeitura, como resultado do loteamento das antigas fazendas. A população aumentou, mas os serviços de água, luz e