Historia e finalidade do livro didaditico

2650 palavras 11 páginas
1. LIVRO DIDÁTICO: a emergência do problema
Não há como falarmos da relação entre identidade e livro didático sem antes apresentarmos alguns contornos e implicações que envolvem a adoção do livro didático nas escolas públicas brasileiras. Por isso, neste primeiro capítulo da primeira parte do nosso trabalho faremos, inicialmente, uma retrospectiva histórica para contextualizar o livro didático. Começaremos falando, ainda que sumariamente, do seu surgimento no cenário educacional brasileiro, concentrando-nos nos aspectos legais e políticos que envolvem sua adoção. Abordaremos também, de forma mais específica, a atual política de regulamentação e adoção do livro didático no Brasil.
Em um outro momento, trataremos das características do livro didático de língua portuguesa com o intuito de melhor elucidar algumas questões durante as análises, as quais constituirão a segunda parte do nosso trabalho.
1.1. Breve histórico do livro didático
Discorrer sobre a história do livro didático implica, necessariamente, discorrer sobre a política do livro didático do Brasil. Sem a pretensão de abordar o tema de forma mais complexa, faremos uma retrospectiva sucinta a partir do momento em que se cria, no
Estado brasileiro, uma proposta de regulamentação para a produção e a distribuição de livros didáticos nas escolas. Tal proposta surge na década de 30, época em que se buscou desenvolver no Brasil “uma política educacional consciente, progressista, com pretensões democráticas e aspirando a um embasamento científico” (FREITAG et al., 1993, p. 12).
Foi nessa época, pois, que se consagrou o termo ‘livro didático’ entendido até os dias de hoje como sendo, basicamente, o livro adotado na escola, destinado ao ensino, cuja proposta deve obedecer aos programas curriculares escolares. A definição desse termo se deu pela primeira vez no Decreto-Lei nº 1.006 de 30 de

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