Historia Politica Economica
As ideias marginalistas surgiram por volta de 1870 como reação aos movimentos socialistas de meados do século XIX, que eclodiram devido à concentração de renda e à intensa migração rural-urbana decorrentes da industrialização. Os marginalistas ou neoclássicos combatiam a teoria clássica baseada no valor-trabalho e na idéia de que a renda da terra não era socialmente justa. Novas teorias foram desenvolvidas para o valor, distribuição e formação dos preços.
O marginalismo tem como ponto de partida para a análise económica a análise das necessidades humanas e da forma como os indivíduos as procuram satisfazer. A utilidade, e particularmente a assunção de que a utilidade marginal é decrescente, assume-se assim como o elemento fundamental na medida do valor. Estava criada a denominada teoria do valor-utilidade, que rompeu com a teoria do valor-trabalho, base da análise socialista, segundo a qual o valor das coisas é medido pelo trabalho.
A partir daqui os autores marginalistas procederam à revisão de praticamente todos os aspetos da análise económica, construindo novos modelos teóricos e definindo conceitos novos para praticamente todas as variáveis económicas, como o valor, a formação dos preços e dos custos, o capital e o juro, a produção, o trabalho, a utilidade, etc. O marginalismo ficou ainda conhecido pela utilização intensiva da matemática na construção de modelos teóricos representativos da realidade.
Os economistas clássicos teorizaram que os preços eram determinados pelos custos de produção. A crítica que os economistas marginalistas enfatizaram sobre a teoria clássica, era de que os preços também dependiam de um certo grau da demanda, que por sua vez dependiam da satisfação dos consumidores em relação às mercadorias e serviços, individualmente.