HISTORIA MODERNA E CONTEMPORANEA II
Unidade II
Analisaremos agora a crise do absolutismo e a ascensão do Estado liberal. Assim, daremos ênfase especial às revoluções burguesas (na França, a Revolução Francesa e, na Inglaterra, a Revolução Gloriosa e a Revolução Industrial), discutindo o processo de industrialização e a introdução de novos paradigmas sociais do liberalismo clássico e da democracia popular. As contradições do Antigo Regime irão propiciar o avanço do ideário liberal e suas manifestações revolucionárias. A partir daí estabeleceremos relações entre as características contraditórias do capitalismo e as ideias socialistas. Finalmente, trataremos do imperialismo e do neocolonialismo do século XIX, investigando as raízes da Primeira Guerra Mundial e o fim da hegemonia europeia.
5 A crise do absolutismo e a ascensão do Estado Liberal
O contexto histórico impõe certa forma de pensar ou determinadas maneiras de pensar estimulam transformações significativas da realidade? Ambos os fenômenos ocorrem: temos a Ciência e a Filosofia que o nosso tempo admite como possíveis e mudamos a História a partir de novas atitudes e novas formas de pensar e ver o mundo.
Mais do que em qualquer outro instante, essa relação de interpendência e conexão entre o pensar e o fazer histórico esteve presente durante os séculos XVII e XVIII, momentos nos quais o iluminismo refletiu as grandes transformações que ocorriam e, ao mesmo tempo, serviu de elemento propulsor e catalisador de outras tantas mudanças.
O iluminismo acompanhou o processo de descristianização dos homens das classes sociais mais elevadas. Ele se expressava por meio de uma filosofia progressista e racionalista, a postos para servir de instrumento de compreensão do mundo por parte da classe média ascendente. Estava impregnado de sentimentos anticlericais, associando a religiosidade às classes operárias mais pobres. Além disso, era uma filosofia extremamente moralista, que identificava a libertinagem com a nobreza decadente. Se a religião