historia do sus
2.1 DE 1500 ATÉ O PRIMEIRO REINADO
A assistência à saúde no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colônia. O modelo exploratório nem pensava nessas coisas. O pajé, com suas ervas e cantos, e os boticários, que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as únicas formas de assistência à saúde. Para se ter uma idéia, em 1789, havia no Rio de Janeiro, apenas quatro médicos .
A vinda da família real , em 1808, criou a necessidade da organização de uma strutura sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro . As necessidades da corte forçaram a criação das duas primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro. E foram essas as únicas medidas governamentais até a República . Até 1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas à delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais e ao controle de navios e saúde dos portos. O interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de um controle sanitário mínimo na capital do império, tendência que se alongou por quase um século .
2.2 DO INÍCIO DA REPÚBLICA ATÉ 1930
Até fins do século XIX, o Estado brasileiro não tinha uma forma de atuação sistemática na saúde de seus habitantes, apenas esporadicamente atuava de forma pontual em situações de epidemia. No início do século XX, a economia brasileira era essencialmente agrícola, dependendo economicamente da exportação, em especial de café e açúcar (RONCALLI e SOUZA, 1998). Apesar de um grande crescimento econômico brasileiro das primeiras 12décadas, este foi um período de crise sócio-econômica e sanitária, porque epidemias como a febre amarela, ameaçavam a política agro-exportadora brasileira, prejudicando principalmente a cafeeira, pois os navios estrangeiros se recusavam a atracar nos portos brasileiros, o que também reduzia a imigração de mão-de-obra . Assim, o foco da atenção do