Historia do oxigenio
Há dois gases que predominam na atmosfera: oxigênio (02) e azoto (N2). O azoto é praticamente inerte e tem um tempo médio de permanência na atmosfera de aproximadamente 1000 M.a. Em contrapartida, o oxigênio tem sido continuamente produzido por processos biológicos nos quais ocorre a oxidação de moléculas de água através da energia solar. É muito provável que este gás não tenha integrado a atmosfera primitiva: é altamente reativo e estima-se que tenha um tempo de duração na atmosfera de aproximadamente 4 M.a. Ainda assim, o O2 constituiu um volume de 10 a 30% da atmosfera nos últimos 500 M.a.
A explicação é mais complexa do que pode parecer. Para que entendamos como tudo ocorreu, temos que saber não só quando e onde o 02 se gerou, mas também como foi possível persistir na atmosfera em elevadas concentrações.
O elemento oxigênio (O) é produzido na sequência de um conjunto de reações de fusão nuclear do hélio (He) nas estrelas. Depois de produzido, integrou a Terra associado quimicamente a outros elementos. A partir de uma série de ciclos de aquecimento e arrefecimento, o oxigênio (O) reagiu com outros dois elementos muito abundantes – o Si e o C – para formar dois dos principais anions, que, ligados a cátions metálicos, originaram a maioria dos minerais que constituem a crosta e o manto e, ainda, água quando ligada ao H (hidrogênio). Adicionalmente, os meteoritos e os cometas terão sido uma fonte de água, mas as proporções correspondentes a cada uma das possíveis fontes não são bem conhecidas.
Independentemente da origem da fonte, sabe-se, por datação radiométrica, que a água líquida existe no planeta há aproximadamente 200 M.a., após o fim da acreção que se registrou nos estados iniciais de formação da Terra. A água no estado líquido é uma condição fundamental para a vida, tal como a conhecemos, mas não constitui por si só uma fonte de produção biológica de oxigênio. Apesar de a água ser oxidada por radiações ultravioleta, a