Assim que surgiram os primeiros carros, já se detectou a necessidade da repintura da carroceria e seus componentes. Além dos aspectos visuais a pintura tem a função de proteger contra a corrosão. O primeiro sistema conhecido de pintura era à base de resina de pinho, obtida da extração de sua seiva, misturada com os pigmentos disponíveis, que eram a base de minerais, oxido de ferro (ferrugem), negro de fumo (carbono) azul da Prússia (sal mineral desta região) e alguns amarelos e verde a base de sais de chumbo, zinco e outros minerais. Esta tinta secava por evaporação dos solventes e sua secagem parcial levava até uma semana. Os desenvolvimentos vieram a passos lentos até os anos 60, quando se desenvolveram as tintas a base de nitrocelulose (Duco, marca DUPONT), de resinas sintéticas (Combilux, Glasurit) e entre outras marcas internacionais. Os anos 70 ficaram famosos pelas tintas acrílicas, que eram mais resistentes e com melhores resultados de beleza. Bem, agora começa o verdadeiro “divisor de águas”. Todas as tintas mencionadas tinham alguma resistência ao intemperismo e boa resistência à corrosão, mas com relação à resistência aos solventes, esquece. Elas simplesmente não funcionavam. Qualquer álcool, gasolina, atacava sua superfície deixando uma mancha de difícil remoção. Nos anos 80 vieram as tintas de a base de poliuretano, onde as tintas não mais eram curadas por oxidação da suas resinas e metais, além da perda de solventes. As famosas tintas PU, são curadas por ação de um catalizador que fazem a resina atingir alta resistência, seja ao intemperismo, seja aos solventes, seja a abrasão. Ocorre que alguns fabricantes de tintas que para baixar os custos destas e acelerar o processo de secagem, adicionam resinas menos nobres, como acrílicas e alquídicas que prejudicam a performance das PU’s. Então cuidado com as marcas mais baratas. Senhores, falei um pouco sobre isto para chegar ao ponto chave da reparação dos nossos