HISTORIA DA HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
A preocupação com os Acidentes e Doenças decorrentes do trabalho humano surgiu na Grécia Antiga, quando Hipócrates (Pai da Medicina) fez referências aos efeitos do chumbo na saúde humana. Posteriormente, outros estudiosos, como Plínio (o Velho) e Galeno, descreveriam algumas doenças a que estavam sujeitas as pessoas que trabalhavam com o enxofre, o zinco e o chumbo. O primeiro livro a abordar a questão surgiu em 1556, da autoria de Georgius Agrícola, que publicou seu trabalho De Re Metálica, onde eram estudados diversos problemas relacionados à extração e à fundição do ouro e da prata, enfocando, inclusive, os acidentes de trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros.
No ano de 1700, o italiano Bernardino Ramazzini publica seu livro “De Morbis Artificum Diatriba” (As Doenças dos Artesãos), com a descrição de 53 tipos de enfermidades profissionais, sendo que para algumas delas eram apresentadas formas de tratamento e até mesmo de prevenção. Por esta obra, Ramazzini passou a ser considerado como o Pai da Medicina do Trabalho a estabelecer definitivamente a relação entre saúde e trabalho. Porém, com o advento da Revolução Industrial o número de acidentes do trabalho cresceu devido às péssimas condições de trabalho existentes na época, chegando a ter trabalhadores mortos ou mutilados. As fábricas eram instaladas em galpões improvisados, a mão-de-obra era abundante, constituída principalmente de mulheres e crianças, fato que gerou várias comissões de inquérito no Parlamento Inglês. A partir daí leis começaram a serem implantadas para proteção da saúde e à integridade física dos trabalhadores, numa tentativa de