Historia da arte
É um livro monumental em todos os sentidos. São 700 páginas de textos e imagens produzidos por um autor minucioso, que foi professor e pesquisador da Universidade de Londres durante décadas e também é autor de diversos outros livros sobre história da arte, como Arte e Ilusão – um estudo da psicologia da representação pictórica.
Como vocês já podem ter lido na resenha de Arte e Ilusão, acho o estilo de escrita de Gombrich muito empolgantes, beirando a genialidade. Então decidi escrever vários posts sobre a obra, para ser mais minucioso. Na verdade, estou lendo a versão em inglês, The Story of Art, pelo simples e prosaico motivo: uma promoção me permitiu comprar o livro por metade do preço da versão em português. Mas, na medida do possível, tentarei conferir nomes de títulos e termos.
Neste primeiro post, depois dessas primeiras considerações sobre o livro como um todo, vamos a alguns pontos principais do Prefácio e da Introdução:
Prefácio
No prefácio, Gombrich fala sobre algumas regras que impôs a si próprio na produção de A História da Arte que mostram uma postura correta sobre a arte. Buscando produzir um livro que seja um primeiro contato com a história da arte (pintura, escultura e arquitetura, no caso), não concorda com uma linguagem extremamente didática que subestima o leitor e a evita.
Uma das regras “positivas” que Gombrich declara é tomar a arte historicamente não como uma evolução, como se as obras contemporâneas fossem melhores do que as do passado. O autor busca uma análise das obras a partir do que os artistas intencionam. Os objetivos dos artistas estão inscritos em um contexto específico, e buscando determinadas metas. Segundo Gombrich, cada ganho ou progresso em uma direção significa uma perda em outra,