Historia da arte
Vimos o começo dessas condições muito antes, no período de Giotto. Sua fama era tão grande que a Comuna de Florença se orgulhava dele e estava ansiosa por ter o campanário de sua catedral projetado por tão renomado mestre. Esse orgulho das cidades, que rivalizavam entre si para assegurar os serviços dos grandes artistas que embelezassem seus edifícios e criassem obras de fama duradoura, foi um grande incentivo para que os mestres se excedessem mutuamente, um incentivo que não existia no mesmo grau nos países feudais do Norte, onde as cidades tinham muito menos independência e orgulho local. Depois veio o período das grandes descobertas, quando os artistas italianos se voltaram para a Matemática a fim de estudarem as leis da perspectiva, e para a Anatomia, com o propósito de estudarem a construção do corpo humano. Os horizontes do artista ampliaram-se através dessas descobertas. Ele deixou de ser um artífice entre artífices, pronto a executar encomendas de sapatos, armários ou pinturas, conforme o caso. Era agora um mestre dotado de autonomia, que não poderia alcançar fama e glória sem explorar os mistérios da natureza e sondar as leis secretas do universo. Era natural que os artistas mais destacados que alimentavam essas ambições se