histologia I
INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA
Um tecido pode ser considerado um agrupamento de células que têm grande interação e interdependência, atuando de modo integrado na execução de diferentes funções para o organismo no qual se encontram. A histologia é, portanto, a ciência que se encarrega de estudar esse conjunto de células (histo=tecido; logos=estudo).
A multicelularidade, passo importante para o surgimento dos tecidos, é um evento recente em se tratando de tempo evolutivo, tendo surgido nos eucariontes há menos de 1 bilhão de anos aproximadamente. O seu aparecimento pode estar relacionado com o desenvolvimento de elaborados sinais químicos, através de estruturas localizadas principalmente na membrana plasmática celular, que eram responsáveis pelo reconhecimento de outras células, propiciando que elas fossem capazes de se comunicar e se unir, estabelecendo um comportamento social e um convívio coordenado.
Os tecidos animais diferenciam-se ao longo do desenvolvimento embrionário, onde uma única célula precursora (célula-ovo ou zigoto) possui a propriedade de ser totipotente, ou seja, tem potencialidade para formar todos os outros tipos de célula do organismo. Desse modo ocorre a diferenciação e a especialização das funções das células que formarão os tecidos adultos.
(B)
(A) Esquema de diferenciação celular e da organização dos tecidos em órgãos e sistemas. (B) Esquema dos quatro tipos principais de tecidos, com exemplos de alguns deles e a sua localização no corpo humano.
(A)
Apesar da sua complexidade, o organismo humano é constituído por apenas 4 tipos básicos de tecidos: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso, os quais são designados
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de acordo com os tipos e as funções das células de que são formados e também recebem a sua designação conforme a substância produzida por essas células (substância intercelular ou matriz extracelular), a qual se localizará entre essas mesmas