Hiperclicemia Alta Complexidade
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1. INTRODUÇÃO1.1. A contextualização, o problema e o objeto de estudo.
O Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da mesma de exercer adequadamente seus efeitos, resultando em resistência insulínica. Caracterizam-se pela hiperglicemia crônica, frequentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial1.
O Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 favorece o aumento da morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. A íntima relação entre a DM do tipo 2 e as doenças cardiovasculares leva a hipótese que as duas apresentam o mesmo componente genético e mesmos antecedentes ambientais, sendo a resistência insulínica um dos problemas mais prevalentes1.
O DM tipo 2 é uma doença muito frequente, e sua prevalência está aumentando em praticamente todo o mundo, estimando-se que o número de indivíduos diabéticos deverá sofrer ainda um incremento de 50% até o ano de 20252.
A maior causa das internações hospitalares de pacientes com diabetes decorre da doença cardiovascular. A elevada taxa de morbidade e mortalidade nesses pacientes é, sem dúvida, também consequências de manifestações de doença cardiovascular. O Infarto Agudo do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral são as principais causas de morte dos pacientes com diabetes3.
Estima-se que o risco de um paciente diabético desenvolver a doença coronariana é duas a três vezes maior que um indivíduo não diabético e apesar de ter sido descrita redução da mortalidade geral em eventos agudos coronarianos, estes índices de mortalidade referentes ao diabetes estão se elevando. Apesar dos resultados de estudos anteriores, existem muitas lacunas no conhecimento sobre a relação entre estas patologias quando se avalia a associação entre hiperglicemia e resultados adversos em pacientes com SCA2.
Desta maneira denomina-se hiperglicemia de estresse como a elevação da glicose sanguínea durante a admissão hospitalar de pacientes com IAM sem