O Hip Hop, movimento cultural que emerge na sociedade norte-americana da década de 1970, espalhou-se pelo mundo como um estilo de vida, dando aos jovens de diversos países ferramentas de expressão e diversão: a dança, a música e as artes plásticas. Por meio destes elementos, seus praticantes protagonizaram uma série de mudanças em suas comunidades. Fruto do capitalismo pós-industrial, em um cenário de miséria e abandono, filhos de milhares de desempregados reinventam as possibilidades de ser e de viver, e, transformando a cultura em um instrumento de arregimentação política, dão forma ao Hip Hop (CHANG, 2005), este que hoje ganha notoriedade na industrial cultural e produz um dos estilos musicais mais vendidos no mundo, o Rap. No Brasil, o Hip Hop chega ainda no final da década de 1970, através dos bailes black's que aconteciam na cidade de São Paulo. Não diferente dos EUA, é apropriado por uma maioria de jovens negros e pobres que vêm nessa manifestação uma possibilidade de expressar-se. Neste trabalho, embora abordemos aspectos históricos e atributos mais amplos desse movimento, temos como foco o breaking, a dança do Hip Hop. Nascido nas ruas, o breaking é um elemento que possibilita seus a praticantes o desenvolverem habilidades físicas, psíquicas e sociais, e carrega consigo traços da relação indivíduo/sociedade (ALVES, 2007). Apresentamos a seguir, dois capítulos e as considerações finais. No primeiro capítulo descrevemos o momento e cenário em que surge o movimento Hip Hop, a particularidade de seus elementos, DJ, MC, breaking e graffiti, e como eles se fundem em uma só manifestação cultural. No segundo capítulo abordamos aspectos específicos do breaking, mais precisamente seus passos fundamentais, trazendo exemplos ilustrativos. Também fazemos uma breve apresentação de como essa dança, assim como os demais elementos do Hip Hop, adquire importância em projetos sociais.