Hildegard
Hildegarda de Bingen foi uma mulher notável, que escreveu versos e música religiosa, obras de teologia e escritos sobre visões, e deixou também inúmeras cartas.
É a primeira entre os grandes místicos alemães. Teve suas revelações aprovadas por bispos e papas, que permitiram-lhe a publicação. Com senso de justiça, não tinha medo de denunciar ninguém, nem poderosos arcebispos. Para a vida de suas religiosas, compôs poesias, hinos e antífonas, musicados por ela mesma e que hoje estão sendo lançados no mercado discográfico. Também ainda se editam seus livros de medicina, com receitas extraídas da natureza.
Hildegarda de Bingen nasceu em Bockelheim, Alemanha em 1098. É uma das mais notáveis figuras alemãs do século XII: poetisa e profetisa, musicista, médica e moralista política, ousava censurar papas e príncipes, bispos e leigos. Hildegarda foi a décima e última filha de uma nobre família e foi logo destinada à Igreja.
Ela teve várias experiências místicas, as quais teve o cuidado de registrar em seus escritos. Seu trabalho mais conhecido é Scivias, escrito entre 1141 e 1151, no qual ela relata suas 26 visões. Em 1151, Hildegarda acabou o seu primeiro livro de visões Scivias. O Scivias, abreviatura de Scito vias Domini (Conhece os caminhos do Senhor), foi seu primeiro livro, no qual, auxiliada pelo monge Volmar, registrou com grande riqueza de detalhes vinte e seis visões. O Scivias compreende três partes, a primeira relatando seis visões, a segunda, sete visões e a terceira, treze. Foi também o ponto de partida para tornar Hildegarda não apenas conhecida mas sobretudo aceita como autoridade nos mais variados assuntos tanto religiosos quanto relativos ao comportamento humano e à natureza.
Em 1147 ela fundou o Convento de Ruperstsberg perto de Bingen. Ela foi ainda a Abadessa do seu convento Beneditino de Ruperstsberg, e é chamada "Sibila a mística do Reno".
Hildegarda foi autora de várias obras musicais de temática religiosa