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Em Leviatã, Hobbes procurou analisar a essência e a natureza do Estado Civil, ao qual, em razão de seu poderio e de sua força, comparou ao monstro bíblico descrito no capítulo 41 do livro de Jó. Tanto é assim que o denominou de "grande Leviatã". Na definição de Hobbes, o Leviatã (…) nada mais é senão um homem artificial, de maior estatura e força do que o homem natural, para cuja proteção e defesa foi projetado. No Estado, a soberania é uma alma artificial, pois dá vida e movimento a todo o corpo; os magistrados e outros funcionários judiciais ou executivos, juntas artificiais; a recompensa e o castigo (pelos quais, ligados ao trono da soberania, juntas e membros são levados a cumprir seu dever) são os nervos, que executam a mesma função no corpo natural; a riqueza e prosperidade de todos os membros individuais constituem a força; Salus Populi (a segurança do povo) é seu objetivo; os conselheiros, por meio dos quais todas as coisas necessárias lhe são sugeridas, são a memória; a justiça e as leis, razão e vontade artificiais; a concórdia é a saúde; a sedição é a doença; a guerra civil é a morte. Finalmente, os pactos e convenções pelos quais as partes deste Corpo Político foram criadas, reunidas e unificadas assemelham-se àquele Fiat, ao "Façamos o homem" proferido por Deus na Criação.
DO HOMEM
Hobbes demonstra a importância do estudo do homem, na introdução de seu livro, ao citar “quem vai governar uma nação deve ler não este ou aquele indivíduo em particular, mas o gênero humano”. Para isso, o autor diz que é preciso que o homem leia a si mesmo, já que as paixões são comuns aos homens nas mesmas circunstâncias. Para quem detém o poder, a compreensão do homem é de grande importância, pois somente desta maneira, poderá manejar ações com o intuito de atingir o fim para o qual o Estado foi criado. Hobbes busca encontrar definições completas dos termos que utiliza no desenvolvimento de sua teoria. Para manter sua postura analítica, Hobbes não