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Foi do ascomiceto Penicillium chrysogenum que se extraiu originalmente a penicilina, um dos primeiros antibióticos a ser empregado com sucesso no combate a infecções causadas por bactérias.
Certos fungos produzem toxinas poderosas, que vêm sendo objeto da pesquisa farmacêutica. Muitos fungos produzem substâncias denominadas ciclopeptídios, capazes de inibir a síntese de RNA mensageiro nas células animais. Basta a ingestão de um único corpo de frutificação (cogumelo) do basidiomiceto Amanita phalloides, por exemplo, para causar a morte de uma pessoa. Um fungo muito estudado do ponto de vista farmacêutico foi o ascomiceto Claviceps purpurea, popularmente conhecido como ergotina. Foi dele que se extraiu originalmente o ácido lisérgico, ou LSD, substância alucinógena que ficou famosa na década de 1970.
A ergotina cresce sobre grãos de cereal, principalmente centeio e trigo. Cereais contaminados por ergotina causaram, no passado, intoxicações em massa, com muitas mortes. Desde o século XVI as parteiras já conheciam uma propriedade farmacêutica da ergotina: se ingerida em pequenas quantidades, acelerava as contrações uterinas durante o parto.
(Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/fungos3.php. Acesso em 02/05/14)
Eles já propiciaram uma grande descoberta para a humanidade: a penicilina. Este antibiótico, substância que mata ou inibe o metabolismo de bactérias, foi descoberto por acaso em 1928 por Alexander Fleming e propiciou uma revolução na medicina, combatendo infecções que antes eram letais. A história conta que, em seu laboratório, Fleming havia deixado placas de Petri com Staphylococcus abertas por descuido e que estavam contaminadas por um bolor quando ele voltou de férias. Analisando as placas, ele notou que em uma delas havia um halo transparente ao redor do bolor, indicando que o fungo havia produzido e liberado alguma