Hidroterapia na hérnia de disco lombar
INTRODUÇÃO
No Brasil, as doenças músculo-esqueléticas, com predomínio das doenças da coluna, são a primeira causa de pagamento de auxílio-doença e a terceira causa de aposentadoria por invalidez (FERNANDES, 2000). Estudos evidenciam que 30 a 40% da população assintomática adulta apresentam hérnia de disco lombar (ORTIZ, 2000).
A hérnia de disco consiste na propulsão de parte do núcleo pulposo através do anel fibroso, envolvendo tipicamente um disco que demonstre sinais de degeneração prévia. O surgimento se dá mais freqüentemente entre os 35 e 40 anos. As causas são variadas: trauma, estresse e genética (KISNER, 1992). Entretanto, as disfunções posturais são as mais freqüentes. Alterações na hidratação e no colágeno também são fatores importantes no desenvolvimento da hérnia discal, por reduzirem o efeito amortecedor. A hérnia de disco é mais comum entre as vértebras L4-L5 e L5-S1. O primeiro sintoma da hérnia de disco lombar é uma dor aguda, em queimação e em pontada, que irradia para a parte lateral ou posterior da perna até abaixo do joelho (HUMPHREYS, 1999). Além da dor, o paciente pode se queixar de formigamento e falta de força na perna afetada de acordo com a localização da compressão, essa também varia com a mudança de posição.
No tratamento da hérnia de disco, são propostos vários métodos diferentes no tratamento conservador, mas quando os mesmos não apresentam resultados satisfatórios, se faz necessária intervenção cirúrgica. A hidroterapia ou reabilitação aquática, modalidade terapêutica que tem o uso da água como meio de cura (RUOTI, 2000; SKINNER, 1985), é o tratamento considerado mais adequado para a hérnia de disco, pelo fato da água possuir algumas propriedades físicas importantes que contribuem com a aplicação terapêutica (RUOTI, 2000; SKINNER, 1985).
O objetivo deste estudo foi verificar, através de revisão bibliográfica, a eficácia da hidroterapia no tratamento da hérnia de disco