Hidrologia
Como mencionado no início desse capítulo, a água do solo é bastante dinâmica, podendo tomar diferentes caminhos de acordo com variações de clima, relevo, vegetação e solo. Do ponto de vista agrícola o ideal é que a fase líquida do solo esteja constantemente ocupada com água, de forma a fornecer a água necessária às plantas na quantidade certa e com o menor gasto energético possível.
Normalmente duas situações ocorrem na natureza, são elas: excesso de água e falta de água. Quando ocorre excesso, para utilização agrícola, ou faz-se drenagem ou utiliza-se espécies adaptadas a condições de insuficiente aeração do solo (ex: arroz). Na maioria dos casos o problema é falta de água e neste caso, a solução técnica é a irrigação ou introdução de espécies que se desenvolvam em condições de stresse hídrico. Como a pesquisa voltada ao melhoramento de espécies resistentes ou tolerantes a ambientes secos é relativamente recente, na maioria dos casos a solução técnica é a irrigação. Para realizar a irrigação corretamente, um dos aspectos básicos mais importantes é o conhecimento do regime de infiltração do solo. A seguir serão apresentados algumas considerações sobre o regime de infiltração da água no solo, fatores que interferem, bem como os parâmetros básicos relacionados à aplicação de água no solo.
Infiltração da Água no solo
No capítulo anterior estudou-se os fluxos de água em condições de saturação e insaturação com o objetivo de fornecer conhecimentos de como a água se movimenta em um sistema poroso. O fluxo saturado apresenta grande importância em trabalhos que visam a drenagem de uma área, enquanto que o fluxo insaturado esta mais associado à prática de irrigação, pois nesta condição, a aplicação de água visa recuperar o estoque de água no solo para o bom desenvolvimento vegetal. Neste ítem será discutido o processo de infiltração e para tal é fundamental o conhecimento das propriedades da água, seu estado energético e os