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A importância do trabalho para a definição de ser humano e de ser social perpassa, primordialmente, a definição da espécie humana. Humanizar-se é distinguir-se dos animais e tornar-se humano. Sociabilizar-se é adquirir condições para viver em sociedade. A maioria dos cientistas continua acreditando que os primeiros hominídeos saíram da África há aproximadamente um milhão de anos. Mas outra corrente de pesquisadores, a exemplo da equipe de antropólogos da Universidade de Utah-USA, defende um cruzamento genético, ocorrido há cerca de 40 mil anos, entre a população africana e populações locais, como a européia; que a rápida expansão de uma população de africanos pelo mundo acabou por substituir as outras populações; e que os estudos revelam que o atual genoma humano é originário do retrocitado cruzamento. Não obstando essas e várias outras considerações controversas, houve época em que animais e homens se protegiam das intempéries e se alimentavam sem distinção; portanto, sobreviviam adaptando-se à Natureza. Porém, dotado de maior capacidade de memorização, não se conformando simplesmente em construir o seu abrigo, como fazem, por exemplo, os pássaros e os insetos, nem em comer somente quando a Natureza lhe oferecia possibilidades, aquele ser (hoje humanizado) passou a criar objetos artificiais, como ferramentas, que vem sendo legitimados por seus pares através do uso comum e aperfeiçoamento. É a partir da transformação de objetos em produtos que prolonguem e facilitem a sua vida que o homem se distingue dos outros animais e pode ser considerado ser humano. Eis a chave da humanização. Mas quem vai considerá-lo ser humano senão seus iguais? O divisor de águas, nesta perspectiva, é a produção, o esforço para melhorar a qualidade da sua própria vida; à medida que o faz, o homem contribui para melhorar a vida dos demais integrantes da comunidade em que está inserido, pois o seu trabalho resulta em objetos ou serviços por eles utilizados. "O primeiro pressuposto de toda

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