Heráclito
Heráclito filho de Blosón (ou, conforme dizem alguns, Herakon) nasceu em Éfeso, cidade da Jônia, viveu entre os séculos VI E V a.c, era de uma família que conservava prerrogativas reais. Segundo Diógenes Laércio “Heráclito era um homem de sentimentos elevados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros”. Era acusado de desprezar a plebe, de se recusar a intervir na política e de manifestar desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e até contra a religião.
Ao contrário da maioria dos filósofos antigos, Heráclito é geralmente visto como independente de escolas e movimentos, provavelmente um autodidata. Seus escritos conjugavam ciência, relações humanas e teologia. Apesar de influenciado por seus predecessores, ele foi crítico do pensamento vigente e chamava os poetas épicos de "tolos" e Pitágoras de "impostor".
Como os efésios lhe pediam que elaborasse suas leis, recusava os pedidos por que a cidade já era dominada por um mau regime político, isolado no templo de Ártemis divertia-se jogando com crianças.
Nos últimos anos de vida passou a viver ainda mais isolado nas montanhas alimentando-se apenas de ervas e plantas. E assim acometido de hidropisia, retornou a cidade e foi a procura dos médicos, cujo conhecimento era ridicularizado por ele, e aludido à doença pôs-se a perguntar de forma enigmática aos médicos se podiam fazer de um aguaceiro uma seca. Sem a compreensão dos médicos o filósofo resolveu enterrar-se no estrume a espera que o calor evaporasse a água em excesso no seu corpo. Sem êxito algum, faleceu aos sessenta anos. Historiadores dizem que faleceu sufocado pelo esterco ou tendo sido impossível retirá-lo ficou irreconhecível pela putrefação e acabou sendo devorado pelos próprios cães.
Desde criança era alvo de admiração. Quando ainda jovem, dizia que não sabia nada; feito homem, declarou que sabia tudo. De ninguém aprendeu, mas, dizia, foi a si próprio que se procurou e tudo aprendeu de si mesmo
Obra –