Hemoderivados e vacinação
O programa de imunização visa, em primeira instância, a ampla extensão da cobertura vacinal, para alcançar adequado grau de proteção imunitária da população contra as doenças transmissíveis por ele abrangidas. Entretanto, observa-se que há algumas contra-indicações que devem ser levadas em consideração, já que quando a vacinação é feita, pode trazer danos aos indivíduos. Alguns casos também pedem que a imunização seja adiada, abaixo será descritos as situações em que se recomenda o adiamento da vacinação.¹ 1. Uso de corticoesteróides e imunodepressores em doses altas – as pessoas que se encaixam nessa condição só deve ser vacinada três meses após essa condição. Essa recomendação deve ser levada em consideração principalmente em vacinas de componentes e organismos mortos ou inativados, pela possível inadequação da resposta.¹ 2. Administração de imunoglobulinas, sangue ou de hemoderivados – devido a possibilidade desses vírus neutralizarem o vírus vacinal. Esta recomendação é válida para as vacinas contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela. As vacinas contra caxumba e varicela não devem ser administradas nas duas semanas que antecedem ou até três semanas após o uso de imunoglobulina ou de sangue e derivados. Já em relação a vacina contra o sarampo pede que essa interferência seja mais prolongada. O anexo 1 mostra o intervalo que deve ser respeitado para a vacina contra o sarampo após a administração de sangue e de hemoderivados.¹ 3. Evolução de doenças agudas febris graves – deve ser evitada para que seus sinais/sintomas não sejam confundidos com possíveis efeitos adversos da vacina.¹
ANEXO 1 – Intervalos sugeridos entre a administração de sangue e hemoderivados e vacinas contra o sarampo monovalente ou combinada. INDICAÇÃO | VIA | DOSEU ou ml | INTERVALO(meses) | Hemácias lavadas | EV | Desprezível | Zero | Hemácias em soluções salinizadas com adenina | EV | 10 | 3 | Papa de hemácias | EV | 20-60 | 5 |