Handebol nas escolas
Relatos apresentam a prática de esportes semelhantes ao handebol desde 1848, de uma forma bem parecida com a prática do futebol, disputados por duas equipes em um campo aberto, com onze atletas em cada time, uma bola e tendo como objetivo principal o gol. Em tempos atuais o handebol sofreu diversas modificações, tais como o número de atletas, as dimensões da quadra, o tipo de bola e tantas outras, mas seu objetivo principal, o gol, jamais foi alterado.
O handebol é, atualmente, um dos esportes coletivos mais praticados no Brasil em virtude do seu objetivo, o gol, comum ao esporte de maior visibilidade no país, o futebol, bem como à simplicidade de suas regras e aos próprios movimentos demandados para a sua prática, que requerem habilidades motoras fundamentais (corrida, salto, arremesso).
Durante a década de 1990, o Brasil foi juntamente com a Rússia, o país com o maior índice de participações em campeonatos mundiais, tendo sido considerado, à época, a nação com o maior índice de desenvolvimento do esporte no mundo. No entanto, a falta de conquistas de títulos, em conjunto com outros fatores de ordens econômica, organizacional, política, social, cultural e midiática, evidenciou um descompasso entre os desenvolvimentos quantitativo e qualitativo do handebol, tendo os anos seguintes constituído um período de decadência nacional do esporte (Calegari, 2002). Esse fenômeno causou uma redução na visibilidade do handebol e, consequentemente, uma queda na qualificação profissional de treinadores e de atletas da modalidade, resultando uma considerável perda da relevância do Brasil no cenário esportivo internacional.
Para o profissional de Educação Física Escolar, especificamente, essa queda de qualificação significa um empobrecimento pedagógico, uma vez que esvazia-se a prática de uma modalidade capaz de desenvolver:
- pelo aspecto motor, valências físicas como a força, o equilíbrio, a velocidade e a precisão;
- pelo aspecto cognitivo,a rapidez de