Hair
Durante algumas passagens do filme Hair (1979) percebemos o pensamento “liberal” quanto ao amor e ao sexo. Logo no início, durante a canção “Aquarius”, jovens dançam no meio do Central Park de forma sensual, fazendo apologia ao sexo e ao amor entre quaisquer gêneros, contrariando estereótipos culturais. A cena em que Jeannie, membro do grupo de hippies, revela que não sabe qual dos dois parceiros do grupo é o pai de seu filho deixa claro o caráter de liberdade sexual e amorosa do filme. Na sociedade, seria inaceitável para a grande maioria que a própria mãe não soubesse quem era o pai de seu filho, porém, Jeannie mostra que não se importa com esse estereótipo e vive feliz consigo mesma e com os relacionamentos com dois de seus companheiros de grupo.
9- forma despojada e livre de expressão artística
A forma despojada e livre de expressão artística é visível em todos os momentos do filme. Desde seu nome “Hair”, ou seja, o cabelo, que manifesta através de seu comprimento grande a rebeldia, a fuga dos estereótipos, até o uso das roupas são manifestações artísticas do grupo dos hippies. Suas danças consideradas “anormais” e o estilo musical com letras críticas expressam as contrariedades com a sociedade. Durante a música “Hair”, em que o grupo é solto da prisão, é possível ver a importância simbólica do cabelo como instrumento de manifestação. Ao final, depois da morte de Berger, uma reunião de hippies é mostrada ao som de “Let the Sunshine In”, certamente, um hino da contracultura hippie.
2- O filme mostrou grande parte das características do movimento de contracultura hippie. A autonomia dos integrantes do grupo, as críticas à sociedade de estereótipos, a vida na comunidade, a valorização do próximo (evidenciada na cena em que Berger e Claude trocam de lugar). “Aquarius”, além de mostrar a liberdade amorosa e sexual, alerta o início de uma nova era, a era de Aquarius, na qual a paz regerá. Os apelos anti-guerra estão presentes nas