HABITARE E HABITATUS

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Habitare e Habitatus – um ensaio sobre a dimensão ontológica do ato de habitar

A importância da arquitetura, no tempo e no espaço, é filosoficamente definida pelo arquiteto americano Louis Khan, na assertiva de que "Na natureza do espaço estão o espírito e a vontade de existir de certa maneira". A arquitetura é vista, então, como ocupante ou como forma de preencher ou utilizar o espaço a bem do homem e, esse destino "bem do homem" não se resume tão só na natureza dessa ocupação ou desse preenchimento como forma ou como algo simplesmente "habitável". O conceito vai muito, muito mais longe quando nos deparamos com as construções milenares ao exemplo de gregas e romanas que embora ocupem o espaço não são habitáveis pelos homens.

Contudo, essa finalidade ou esse fim destinado ao "bem do homem", empiricamente falando, dá outra dimensão ao conceito de ocupação ou de habitação propriamente dita. Há um fato histórico, uma motivação para conhecimento e lembrança e, logo, um fator extremamente importante para o conhecimento do presente em razão do passado. Habitar não significa tão só
"usar", "ocupar"; significa, sim, utilizar de algum modo, nem que seja através da percepção do conhecimento ou do exercer do aprendizado.

A natureza da arquitetura então, pode ser compreendida por uma ocupação do espaço físico, a bem do homem, mesmo que o preenchimento desse espaço não se preste à habitação ou uso direto, mesmo porque essa ocupação traduz marco temporal extremamente útil e necessário ao perfeito estudo e conhecimento de condutas e práticas pretéritas. "

Destarte, tanto os arranha-céus modernos, casas, etc., ou seja, ocupação de espaço nesses dias hodiernos traduzem a "natureza" da arquitetura quanto assim também aquelas construções ou ocupações de espaço em tempos prístimos que hoje são vistas em forma de ruínas. A arquitetura tem uma natureza finalística de provocar e traduzir "bem ao homem", quer no sentido estrito

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