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1. Introdução
Na pesquisa em andamento, que ora apresentamos, prioriza-se o entendimento do território do Sudeste Goiano1
, certamente com o intuito de observar e mapear as múltiplas facetas do trabalho, precisamente o trabalho rural e as possíveis implicações na relação cidade-campo, investigando as configurações geográficas decorrentes do processo de
“modernização da agricultura”, intensificado nas últimas décadas do século XX.
A análise se dá a partir da relação capital x trabalho, impactada pelas alterações no processo produtivo mundial, denominada de forma genérica de reestruturação produtiva e seus desdobramentos na mobilização, organização e atuação dos trabalhadores em suas diversas instâncias políticas, dentre elas, partidos e sindicatos.
Neste artigo quer-se de forma introdutória apontar as relações entre a modernização da agricultura, o Estado e a expansão do capital, mediante a análise do cultivo de soja nas áreas de cerrado, assim como evidenciar as mudanças espaciais no território e os desdobramentos para os trabalhadores rurais na área investigada.
A preocupação central não é com um segmento dos atores envolvidos no processo produtivo na área delimitada, mas compreender as capilaridades, as tramas espaciais constituintes e constituidoras das mudanças globais no processo produtivo e os rebatimentos para os trabalhadores, que a nosso ver, apontam novos elementos na relação cidade-campo, mas acima de tudo, diferentes perspectivas para o movimento social. Crê-se que a apropriação por parte dos trabalhadores da territorialização dos fenômenos e suas contradições significa a possibilidade da construção de um novo espaço, o contra-espaço, hegemonizado pelas forças historicamente subsumidas aos interesses do capital.
Dessa forma, há que decifrar a partir da contradição capital x trabalho, os diversos atores sociais e os constructos identitários, envolvidos no ato de produzir mercadorias que
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