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1101 palavras
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A ARTE DA GUERRACom fartura de informações e longas descrições que exigirão paciência
"(...)minha intenção decerto não foi mostrar-vos como a antiga milícia era organizada, mas como em nossos dias se poderia ordenar uma milícia com mais virtù do que as de hoje."
Creio que essa frase revele a base sobre a qual o referido livro foi construído. Partindo de uma análise pormenorizada da organização militar dos exércitos romanos, aplica-as em seu presente, construindo um exército ideal, descrevendo métodos de marcha, organização de coortes, função dos diferentes tipos de cavalaria, como defender fortalezas e cidades muradas, como organizar acampamentos, etc. Maquiavel não fará sua análise partindo apenas da organização militar romana, mas trará também informações das forças suíças, francesas e alemãs. Além de que, irá descrever o psicológico dos soldados, a importância de serem nacionais e não mercenários, para tanto, apresenta um conceito próprio: a virtù. Descreve como o príncipe deve comandar e selecionar suas tropas.
A riqueza histórica do livro é revelada com a exemplificação das estratégias através de batalhas memoráveis, tanto do mundo clássico, quando do presente de Maquiavel. César será um dos exemplos mais reiterados, portanto um mínimo de conhecimento sobre suas campanhas será bem vindo ao leitor.
A obra se estrutura partindo de um diálogo entre um grupo de amigos versados no tema militar, tendo o mesmo sete momentos, sendo o grande expositor do grupo Fabrizio, que abordará sete temáticas sobre a arte da guerra, sendo interpelado em cada capítulo por um de seus companheiros.
Com longuíssimas descrições (o sexto livro é realmente estafante), enormes detalhes históricos que enriquecem a obra e fartos dados técnicos, Maquiavel uni a melhor característica dos exércitos de seu tempo com o que os militares do mundo antigo poderiam oferecer. Uma imagem curiosa é a descrição do exército, que contem coortes romanas, insígnias romanas e uma artilharia de