Guillian bare

INTRODUÇÃO

Síndrome de Guillain-Barré (SGB) trata-se de uma doença de caráter autoimune que acomete primordialmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos de forma aguda / subaguda¹. De modo que eles não conseguem transmitir mensagens ao cérebro corretamente ². Isso ocorre devido à bainha de mielina sofrer degeneração por razões desconhecidas. Com a degeneração vêm a inflamação, edema e desmielinização. À medida que esse distúrbio destrói a mielina, os nódulos de Ranvier (nas junções das bainhas de mielina) se alargam. Assim, ocorrem retardo e comprometimento da transmissão de impulsos ao longo das raízes nervosas dorsais e ventrais ². Como as raízes nervosas dorsais lidam com a função sensorial, o cliente pode vivenciar sensações como formigamento e dormência, quando a raiz nervosa está comprometida. Da mesma maneira, como as raízes ventrais são responsáveis pela função motora, o comprometimento causa fraqueza variável, imobilidade e paralisia ². Aproximadamente 60%-70% dos pacientes com SGB apresentam alguma doença aguda precedente (1-3 semanas antes), sendo a infecção por Campylobacter jejuni a mais frequente delas (32%), seguida por citomegalovírus (13%), vírus Epstein Barr (10%) e outras infecções virais, tais como hepatites por vírus tipo A, B e C, influenza e HIV. Outros fatores precipitantes de menor importância são cirurgia, imunização e gravidez¹.

FISIOPATOLOGIA

A mielina é uma substância complexa que recobre os nervos, proporcionando isolamento e acelerando a condução de impulsos do corpo celular aos dendritos. A célula que produz mielina no sistema nervoso periférico é a célula de Schwann. Essa célula é poupada na síndrome de Guillain-Barré, possibilitando a remielinização na fase de recuperação da doença³. A Síndrome de Guillain-Barré é conseqüente a um ataque imune celularmente mediado e humoral a proteínas da mielina de nervos periféricos, causando uma desmielinização inflamatória³. A teoria mais