Guilherme
Pode ser a familiaridade com a obra, a lembrança da infância, cenas que gostaríamos que fossem reais, que nos faz gostar de uma tela ou escultura; talvez uma lembrança ruim faça não gostar... Precisamos sondar e descobrir que rejeitamos algumas obras belíssimas e perdemos o prazer de apreciá-las devidamente por puro preconceito.
Todos nós gostamos de ver em telas a beleza da natureza, ou pessoas bonitas, isso é muito natural; e os artistas que retratam temas assim são facilmente apreciados. Mas essa preferência por obras “belas” torna-se um obstáculo, impedido que apreciemos obras de artistas que não se preocupam em mostrar aquilo que convencionamos achar bonito, mas preocupam-se em mostrar determinado sentimento ou idéia.
Ao olharmos uma obra como a do grande pintor alemão Albrecht Dürer, na qual desenhou sua mãe mostrando um estudo sincero da velhice, causa-nos certo choque; devemos educar nosso olhar e insistir na apreciação, assim seremos recompensados com grandes obras que seriam deixadas de lado por não representarem o que é comumente considerado belo.
A beleza de uma obra não esta em seu tema, existem muitas obras que tais como são pintadas, não são “bonitas” convencionalmente, mas são encantadoras e desafiadoras. É o caso da obra do pintor espanhol Bartolomé Estebán Murilo que retrata três crianças mal trajadas, e o pintor holandês Pieter de Hooch que pinta uma criança que não se parece como as crianças bonitas; são duas obras atraentes e diferentes do senso comum.
Os gostos e preferências variam muito com o passar dos anos, de épocas, local, e de pessoa para pessoa. A expressão numa obra, como a beleza é algo que nos cativa ou nos repele; algumas pessoas preferem expressões de fácil entendimento, que causa comoção, mas é importante olharmos para as varias expressões e não desprezarmos obras que possuem expressões mais complexas, de difícil entendimento.
Devemos conhecer os métodos de