Guia para analise de rochas sedimentares
Prof. Dr. Sérgio Brandolise Citroni
- 2008 –
Segunda edição ampliada do “GUIA PARA ANÁLISES PETROGRÁFICAS DE ROCHAS SEDIMENTARES” - 2002
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Instituto de Agronomia – Departamento de Geociências
PARTE 1 - GENERALIDADES
Introdução
Este texto destina-se a orientar, de maneira prática, o estudo de rochas sedimentares em amostras de mão e através do microscópio. Essa atividade envolve a identificação e análise de texturas e estruturas presentes nessas rochas, sejam elas deposicionais (formadas no momento da sedimentação da rocha) ou diagenéticas
(desenvolvidas tardiamente, como resposta a modificações químicas e físicas produzidas pela compactação e passagem de fluídos através das rochas no processo de litificação).
Conforme notou Pettijohn (1957), “as rochas sedimentares são produto tanto de sua herança quanto do ambiente”, herdam seus constituintes iniciais de rochas préexistentes que são modificados e rearranjados pelos ambientes de intemperismo, erosão, transporte, deposição e diagênese. Um grande número de elementos dondicionados por essa herança e por esses ambientes constitui e define às rochas sedimentares: tamanho dos grãos ou cristais que às compõe (granulometria), composição mineral, arranjo espacial dos componentes, forma, natureza dos grãos, presença e natureza de matriz, presença e natureza de cimento, presença e natureza de fósseis, variações das propriedades desses elementos ao longo da rocha, estruturas sedimentares e estruturas diagenéticas, etc.
A granulometria é de particular importância (pelo menos para a maior parte das rochas sedimentares) e o estudo estatístico dessa propriedade se comporta permite uma série de interpretações. Essas análises incluem o estudo da seleção da granulometria da população dos grãos constituintes, e de que maneira essa distribuição se afasta de uma distribuição estatística normal.
Esses elementos podem nos contar