guerra na ucrania
Gasoduto que vem da Rússia e leva o combustível aos demais países do continente passa pela Ucrânia.
Qualquer guerra na Ucrânia pode representar um problema grave na economia da Europa. A crise da Ucrânia é o centro de uma disputa séria entre a Europa e a Rússia. Trata-se do gás natural que abastece um quarto do continente europeu. O gasoduto que vem da Rússia e leva o combustível aos demais países do continente passa pela Ucrânia, que ganha financeiramente com isso.
Os russos fixam os preços e com frequência ameaçam suspender o fornecimento. Em 2006 e em 2009, eles cumpriram as ameaças e simplesmente fecharam as torneiras. As medidas foram vistas como punições à Ucrânia por tentar se aproximar do Ocidente e fugir da esfera de controle de Moscou. Mas os russos sempre negaram e disseram que as razões eram comerciais.
Além de ter mais recursos e empresas com enorme poder financeiro, a Rússia também é imensamente superior à Ucrânia em força militar. São mais de 800 mil soldados contra um Exército ucraniano de quase 130 mil homens. Resta ao Ocidente enfrentar a Rússia com sanções econômicas, o que leva de volta à questão do gás: os europeus, dependentes do combustível, não querem complicar ainda mais as relações com os russos, para não passarem frio.
O dinheiro investido pelas empresas russas nos mercados e em parcerias leva os governos a pensarem duas vezes antes de aplicar sanções. Países como a Grã-Bretanha – um centro de investimentos onde há muito dinheiro russo – preferem não causar danos ao mercado, em um mundo financeiramente globalizado. Por isso, os europeus tentam baixar a pressão e esvaziar a crise por meios diplomáticos.