Guerra etiópia x erit´reia

Etiópia X Eritreia
O confronto entre a Etiópia e Eritreia foi o único conflito direto entre dos países africanos soberanos do final do século XX e ao início do século XXI. A partir de 1998, ambos acusam-se de invasão territorial, ocorrendo vários ataques nas regiões da fronteira.
O início deste conflito não é recente. Etiópia e Eritreia foram impostas pela Itália como sendo uma só colônia. No ano de 1941, o exército britânico, que dominaria a região até 1952, expulsaram os Italianos. Domínio este que durou até a Organização das Nações Unidas (ONU) aproveitarem a união desses Estados em uma federação que ficou sob controle da Coroa Etíope.
Porém, esta federação funcionou só no papel, pois o imperador da Etiópia, Haile Selassie, não concordou com a autonomia, anexando a Eritréia como sua província em 1962. Com isso, surgiram grupos guerrilheiros comandados por líderes muçulmanos, Frente de Libertação da Eritréia (ELF) que lutavam incessantemente pela libertação.
Impossibilitado de acabar com os grupos separatistas, Selassie deixa o poder em 1974. Em maio de 1991 a guerrilha passa a dominar todo o território da Eritréia. Esta dominação colaborou com o fim da ditadura de Mengistu Mariam da Etiópia, com a ajuda das forças separatistas.
Em 1993, um novo governo honra seu compromisso com aliados Eritreus e reconhece a independência da Eritréia. A Frente Popular de Libertação da Eritréia (EPLF) é quem assume o poder estabelecendo um governo transitório de quatro anos, período no qual elaborariam uma Constituição e preparariam eleições multipartidárias.
É adotada em 1997 uma Constituição, porém sem a realização de uma eleição. Apoio dos Estados Unidos e Itália asseguram investimentos de mineração e na exploração do petróleo.
Rivalidade pós-independência
Os trinta anos de guerra de desagregação arrasaram o país, deixando mais de 100 mil pessoas mortas e 350 mil refugiados. Em maio de 1998, Etiópia e Eritréia passaram a disputar áreas fronteiriças. Mútuas acusações