guerra dos 9 meses
Em Kuito capital da província do Bié que já foi uma cidade florida e hoje tem mortos da guerra plantados nos jardins e quintais das casas, cada rosto que espia por trás de paredes e muros destruídos pela fuzilaria e obuses.
Desenvolvimento
Depois de 13 anos de luta contra o colonialismo português, e mais 16 anos de guerra civil, o povo angolano começava a acreditar uma paz efectiva em todo o território Nacional, quando a 31 de Maio de 1991 o governo da República Popular de Angola e a UNITA na pessoa dos seus mais altos mandatários, respectivamente, José Eduardo dos Santos e Jonas Malheiro Savimbi.
As esperanças do povo angolano viram-se gorada, quando nos finais do ano de 1992 o país voltava a cair noutra guerra sangrenta que ceifava vidas, destruía bens e consumia grande parte dos recursos e energias angolana. Angola generalizou-se á todo o país, desenvolveram-se esforços políticos e diplomáticos para parar a guerra, porém, sem êxito.
Origem da guerra
A inquietação inicial das eleições centrou-se nas acusações que não foram confirmadas pela Comunidade Internacional, a qual declarou as eleições “livres e justas”. As primeiras acusações de fraudes foram feitas dos partidos políticos novos, e mais tarde pela UNITA. Com Angola á beira da guerra em 1992, alguns organismos como a Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé, por exemplo, encorajaram a busca de mecanismos legais para resolver tais alegações de fraude. Defendeu-se um retorno ao espírito e a letra dos acordos de Bissesse para se ultrapassar a crise política e salvaguardar a paz que era e tão valiosa, um prémio que não se devia deixar escapar, e os processos democráticos deviam ser aceites. Outros, como Aliança Evangélica de Angola (AEA) e o Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), bem como milhares de anónimos angolanos achavam que a única saída do conflito era através do diálogo, da tolerância, do perdão e do abandono da política de exclusão