Guerra do contestado

Guerra do contestado
Os primeiros habitantes do contestado foram os índios kaigang, xokleng e guaranis, com a criação da rota do charque que foi feita para levar o produto do Rio Grande do Sul á outras cidades do Brasil, Houve a necessidade de criar pousos no meio do caminho, esses pousos se tornaram vilas onde foram habitadas por pessoas vindas de diversos lugares, junto com algumas dessas pessoas vieram alguns escravos, desse povo que se misturou surge o caboclo catarinense.
Antes da criação da república no tempo do império as pessoas que ali habitavam eram posseiros , não tendo documentos das posses dessas terras. Com a proclamação da república surgiram os cartórios, sendo assim necessário documentos para posse de terras. A regularização das posses das terras tinha exigências que estavam longe das possibilidades que os sertanejos agricultores (caboclos) possuíam. A criação da república trouxe muito sofrimento para a população cabocla e aumento do poder dos coronéis e dos grandes fazendeiros da guarda nacional.
Entre 1900 e 1916 as fronteiras entre Santa Catarina e Paraná não estão bem definidas, assim os dois estados ficam temerosos em investir na região com o medo de perderem as terras para o estado vizinho, a população fica abandonada, sem investimento do governo, sem saúde, sem educação e sem infraestrutura dependendo unicamente da agricultura e criação de animais para sobrevivência.
Havia um andarilho peregrino nessa região, João Maria, que era visto pelos caboclos como profeta, ele conhecia muito bem as plantas medicinais e já falava sobre o mal que as queimadas causavam no solo e sobre a importância de preservar as nascentes de águas. Chamado de Monge João Maria guiava e aconselhava o povo religiosamente.
Ainda no tempo do império tomou-se a decisão de fazer uma ferrovia que ligaria Santa Maria (RS) a Itararé (SP) a empresa Brazil Ralway de propriedade Do americano Percival Farquad ganhou a concessão para a construção na região do contestado,