Grécia Antiga
Enquanto nos grandes vales férteis do rio Nilo fixou-se a civilização egípcia e do rio Tigre e Eufrates a civilização babilônica, nas ilhas banhadas pelo Mediterrâneo oriental outros povos desenvolveram características civilizatórias originais, como os egeus, que ocuparam a ilha de Creta. Ali encontraram o cobre em abundância e desenvolveram a metalurgia. Como o cobre não pode substituir a pedra, devido à sua baixa dureza, os cretenses iniciaram experiências para endurecê-lo, como fabricar uma liga com outros metais. Descobriram o estanho e saíram à sua procura fora da ilha de Creta, em diversos lugares onde era encontrado. Desta maneira, por volta de 2400 aC, tornaram-se os intermediários mais poderosos no tráfico do estanho e de objetos manufaturados de bronze no Mediterrâneo oriental. Daí advinharia a hegemonia de Creta. Essa civilização construiu cidades importantes como Cnosso e Micenas.
Os primeiros gregos foram os aqueus, quando no segundo milênio, vindos do norte, chegaram à península balcânica. Ocuparam e dominaram as colônias cretenses, cuja civilização souberam assimilar, tornando-se experientes marinheiros. Em 1400 AC, lançaram-se sobre Cnosso e, ao que parece, a destruíram. Abatida pelos aqueus, a civilização cretense terminaria e da qual os gregos conservaram apenas uma vaga recordação, como a lenda de Teseu. Esta época ficou designada como por creto-micênica.
Um fato novo ocorreria a partir do século XII AC, a invasão de outro grupo vindo do norte, os dórios. Eles penetraram a sangue e fogo nas velhas cidades dos aqueus. Sendo guerreiros brutais, não respeitaram nem assimilaram a civilização que encontraram. A mais famosa cidade fundada pelos dórios foi Esparta, criando ali um Estado onde mantiveram com poucas alterações seus costumes tradicionais, como a sobriedade e o espírito bélico. Ante o avanço dos dórios, produziu-se uma dispersão de gregos, de que veio a resultar a fundação de