Gráficos de gás carbônico
Introdução
Demorou mas aconteceu: as questões ambientais chegaram à mídia. Em meio à enxurrada de materiais sobre o tema, as opiniões de Frank Rowland, "o guardião da atmosfera", aparecem como um sopro de ar fresco. Com a autoridade de quem recebeu um Prêmio Nobel de Química por suas pesquisas sobre os danos causados à camada de ozônio pela humanidade, ele não hesita em apresentar claramente sua opinião sobre uma série de temas considerados polêmicos. Rowland afirma, por exemplo, que somos responsáveis pelo aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2.) o fator mais importante na mudança do clima, associado à queima de gás, carvão e petróleo; o que nos resta fazer é reduzir as emissões desse gás, superando as resistências e as manobras protelatórias de governos como o dos Estados Unidos e das corporações que lidam com combustíveis fósseis.
É interessante comparar essas declarações inequívocas com as chamadas megassoluções para o problema. São sete projetos de alcance planetário, que foram apresentadas na edição 1989 de VEJA. O prazo para que entrem em funcionamento pode chegar a 50 anos, enquanto o custo varia de 1 bilhão a 5,5 trilhões de dólares. Mas todos eles pressupõem a intocabilidade dos alicerces da economia de massa (produção, consumo, desperdício, obsolescência planejada, controle e retenção de tecnologia etc.).
Qual desses modelos é mais viável? O de Rowland, que define a emissão de CO2 como inimigo principal e admite implicitamente a necessidade de mudanças em nosso estilo de vida para enfrentá-lo, ou aqueles que se propõem a gastar quantias colossais para manter os atuais padrões de consumo? A comparação vai tornar mais nítidos para seus alunos os laços entre os problemas políticos, socioeconômicos e ecológicos e os complexos meandros que regem a ordem mundial.
Desenvolvimento
Trocar o carvão pelo átomo
Essa idéia significa substituir a emissão de dióxido de carbono pela produção de resíduo atômico. Deixa