Gregor mendel
As primeiras pesquisas na área da hereditariedade e da genética datam de 1856, realizadas pelo monge Gregor Mendel[->0], um professor de ciências com grande interesse em botânica. No jardim de um mosteiro da cidade de Brno, na República Checa - que naquela época fazia parte da Áustria -, Gregor Mendel iniciou seus experimentos com as ervilhas que ele mesmo havia plantado.
O trabalho de Mendel durou cerca de 8 anos. Durante esse tempo, ele polinizou as plantas com cuidado, separou as sementes, para plantá-las separadamente, e analisou as gerações sucessivas. Os precursores da ciência que hoje conhecemos pelo nome de genética[->1] possuíam recursos científicos e tecnológicos muito simples.
Os experimentos de Mendel
Em suas experiências, Mendel utilizou 34 variedades da ervilha Pisum sativum. A planta foi escolhida por recomendação de outros biólogos, por possuir flores grandes e características facilmente identificáveis, como, por exemplo, cor e textura das ervilhas, cor das vagens, cor das flores e altura das plantas. Além disso, a Pisum sativum é uma planta que faz autofecundação. E sua prole é sempre idêntica à planta original - a não ser que sofra fertilização artificial ou cruzada.
Em um de seus experimentos, Mendel cruzou duas plantas de linhagem pura, uma com sementes amarelas e outra com sementes verdes. O monge verificou, então, que todos os descendentes eram idênticos a um dos genitores. No caso, o traço fenotípico de um dos genitores não se expressava: todos os descendentes da primeira geração possuíam sementes amarelas. Mendel chamou de dominante a característica que aparecia na geração F1 e de recessiva a característica que não se expressava.
Mas Mendel cruzou os indivíduos da geração F1 entre si e obteve plantas, na geração F2, com a característica dominante (sementes amarelas) e com a característica recessiva (sementes verdes), na proporção de 3:1. Ou seja, 75% das plantas da geração F2 tinham sementes amarelas e 25%