Golpe do Falso emprego
Não caia no golpe do falso emprego
A oferta é sensacional e imperdível - mas pode ser mentira. Saiba como descobrir se você está entrando numa grande fria
Quando recebeu a proposta de emprego por telefone, a vendedora paulistana Renata Cristina Marques de Lemos, 24 anos, acreditou ter achado a oportunidade da sua vida. A empresa de venda de planos odontológicos prometia um salário de R$ 5 mil por mês, valor bem acima da média paga aos vendedores. No telefonema, disseram que só dariam detalhes da vaga pessoalmente. Desempregada há um ano, Renata foi até o local e lá ficou sabendo que teria de passar por um treinamento eliminatório. "No terceiro dia, disseram que era a prova de fogo: os candidatos tinham a meta de vender oito planos odontológicos até às 16h. Quem vendesse os oito primeiro ficaria com a vaga", conta ela. Era um golpe. A falsa empresa ficava com o dinheiro e não contratava ninguém. Por sorte, Renata não chegou a vender os planos, já que seu pai desconfiou da história, procurou informações na internet e descobriu a farsa.
Falsas empresas
Isso aconteceu em 2004, mas a prática continua até hoje. "Existem muitos pais de família desempregados vendendo planos aos parentes para conseguir a vaga que não existe". Mas como desconfiar de uma proposta furada? A principal dica é: nunca pague pelo emprego. Algumas empresas prometem uma colocação no mercado, mas dizem que, para obtê-la, a pessoa precisa passar por um teste psicológico, um treinamento ou um exame pago. É fria na certa.
Outras consultorias de recursos humanos prometem a vaga, mas cobram pela reformulação do currículo do candidato. Também é roubada. Essas empresas têm acesso aos dados dos currículos postados em sites de emprego na internet e se aproveitam para tirar dinheiro de quem está desempregado.
"Normalmente é a empresa que contratou a consultoria de RH quem paga para que ela procure alguém com perfil adequado para a vaga. Não é o candidato quem paga por isso".