Segundo Gonçalves (2002), globalização econômica é a soma de três fatores: o crescimento extraordinário dos fluxos internacionais de bens e serviços; acirramento da concorrência internacional e a crescente interdependência entre agentes econômicos (capitalistas) e sistemas econômicos nacionais (Estado). Desta forma, reflete-se a globalização através de sistemas complexos, que todavia podem ser explicados, os quais rompem todos os tipos de barreiras, extrapolando divisas, manifestando-se através dos mais diversos tipos de capital, como o capital comercial, o capital industrial e principalmente o capital financeiro, o qual detém na contemporaneidade a supremacia do sistema capitalista. Globalização Econômica também pode ser conceituada como a expansão total do capital, a qual põe sobre seus domínios todas as nações. A globalização, especificamente a econômica, faz parte de um cenário histórico, passando inicialmente pela acumulação primitiva de capital, conceito este desenvolvido por Karl Marx. O processo de acumulação primitiva ocorreu de modo violento em que as terras foram cercadas, sendo expropriados os camponeses, separando o trabalhador dos meios de produção. Concomitantemente, o colonialismo europeu contribui para a expansão de mercados, monopólios de mercados, tráfico negreiro, etc. Ressalta-se que a burguesia nascitura recebeu amparo irrestrito do Estado para tais feitos, evidenciando o caráter do Estado em ser um “balcão de negócios” da burguesia, segundo Marx. Como causa principal da globalização econômica temos a necessidade das economias (principalmente as desenvolvidas) em expandir os seus mercados. Sendo assim, o colonialismo mercantilista aparece como a primeira fase da globalização econômica, representando nitidamente o capitalismo comercial, o qual busca mercados para escoar os manufaturados europeus. O ápice desta globalização é alcançado com o neoliberalismo, macroeconomia que domina as políticas públicas econômicas dos governantes mundiais,